
O olhar que obtenho sobre as questões do mundo não é mais o mesmo. Toques de objetividade, sinceridade, honestidade são mesclados com pitadas de sabedoria e inteligência. Tudo isso elevado ao nível máximo, compartilhando espaços, propriedades e convivendo lado a lado com a emoção a qual fica retida, tímida, tal qual como uma criança quando vivência novas experiências e aventuras.
É um processo de descobertas, de encontros e desencontros, de convivência e percepção de um eu que sempre esteve presente, porém ausente para o mundo; preso numa bolha. Mas como todas as coisas que acontecem na vida, um dia o sol para de brilhar, a bolha estoura e o ar acaba. A maturidade intelectual aflora em meio ao cenário de confusão e caos. Surge bela e ofegante, querendo mostrar sua capacidade, seu talento e principalmente a força para enfrentar obstáculos.
A diferença existente entre o ser intelectual para os demais, meros mortais, está na relação que estabelece entre o que é certo e errado, o que é justo e injusto e na forma como trata a vida. Por se tratar de uma evolução não só intelectual, mas também espiritual, é evidente que sentimentos como a indignação e perplexidade sejam os pilares para se viver. Tudo que envolve sua relação com as pessoas fica mais intenso, a atenção está cada vez maior e o rigor de detalhes, imenso.
Para estabelecer uma convivência harmoniosa é preciso exatamente isso. A harmonia não necessariamente está nos outros, mas a que está dentro de cada ser deve, em primeiro lugar, se descobrir, ser aceita como for, para assim então, mostrá-la para o mundo.